Eixo 6.

Infâncias, decolonialidades e marcadores sociais da diferença

As desigualdades sociais perpassam as vidas quotidianas das crianças, assim como das suas famílias e de suas comunidades. As crianças são particularmente impactadas como um dos grupos mais vulneráveis em contextos de crises e outros problemas sociais. Expectativas sociais são depositadas sobre as crianças, que devem adequar-se a certos papéis que correspondam a essas expectativas, ou elaboram e experimentam estratégias de transgressão. As perspetivas decoloniais e interseccionais fornecem-nos lentes teóricas para pensar as infâncias e as crianças, considerando marcadores da diferença como género, raça, classe, geração e outros. Perspetivas teóricas e metodológicas de estudos a partir da epistemologia decolonial e das metodologias de análise intereseccionais fomentam discussões em pesquisas e fundamentam a elaboração de práticas pedagógicas que possam indicar formas próprias de construir pedagogias com as crianças, inclusive bebés, que rompam com a perspetiva do adultocentrismo. O eixo incentiva propostas que procurem romper com a colonialidade do saber e adotem perspetivas não eurocêntricas, buscando referenciais centrais em teóricas e teóricos latino-americanos e africanos.